30 de jun. de 2011

O motivo do bocejo

É possível uma pessoa bocejar enquanto dorme? Por que o bocejo ocorre? Segundo Matthew R. Ebben, diretor de operações laboratoriais do Center for Sleep Medicine, no NewYork-Presbyterian Hospital/Weill Cornell Medical Center, o bocejo é certamente menos comum durante o sono, mas já foram documentados casos assim.

Quanto ao motivo do bocejo em si, “ele não é inteiramente conhecido”, disse Ebben. “Porém, os dados mais recentes sugerem que ele seja parte de uma reação termorregulatória para ajudar a resfriar o cérebro ao desviar sangue aos músculos faciais, que agem como radiadores e descarregam calor pelo sangue redirecionado”.

Num estudo de caso publicado em 2010 na revista 'Sleep Breath’, foram estudadas duas mulheres com surtos crônicos e debilitantes de bocejos. Mesmo dormindo adequadamente, elas sofriam ataques diurnos frequentes, tão intensos que chegavam a causar lacrimação e coriza.

As duas mulheres descobriram que podiam aliviar ou adiar os sintomas realizando respiração nasal ou aplicando panos frios na testa. Uma mulher descobriu ser possível parar um ataque tomando um banho frio, ou nadando em água fria. A outra mulher descobriu que, após seus ataques, experimentava uma queda de meio grau na temperatura oral.

Segundo os pesquisadores, os resultados foram consistentes com evidências vinculando o excesso de bocejos a desequilíbrios de temperatura, em vez dos níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue ou algum tipo de distúrbio do sono.

21 de jun. de 2011

Doação de Medula óssea - Salve uma vida

A doação de medula óssea é frequentemente citada na mídia, fato que permitiu enorme divulgação da importância desse ato solidário. Se você, goza de boa saúde e tem a alegria e a felicidade de viver plenamente seu dia-a-dia, poderia, quem sabe?, dividir um pouco dessa ventura com quem dela não desfruta.


Passo a passo para se tornar um doador

- Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.

- Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

- Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.

- Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.

- Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL!

- Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

- Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

- A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.

- É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato. Para atualizar o cadastro, basta preencher este formulário.

Caso você decida doar

1. Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).

2. Onde e quando doar
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros nos estados. No Rio de Janeiro, além do Hemorio, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 14h30, e aos sábados, de 8h às 12h. Não é necessário agendamento. Para mais informações, ligue para (21) 2506-6064.

3. Como é feita a doação
Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro.

Seus dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.

O Mito da Abelha Rainha: As mulheres são mesmo chefes ruins?


Preconceito às avessas

Chefes do sexo feminino têm uma reputação de não serem muito agradáveis.

Algumas apresentam o que é chamado de comportamento de abelha rainha, distanciando-se das outras mulheres e se recusando a ajudar outras mulheres à medida que sobem na hierarquia.

Agora, um novo estudo, que será publicado na próxima edição da revistaPsychological Science, concluiu que esse comportamento de fato existe.

Contudo, segundo as cientistas, é errado culpar a mulher por este comportamento: a verdadeira culpa caberia ao ambiente machista das empresas.

Sexismo

Belle Derks e suas colegas da Universidade de Leiden, na Holanda, fizeram uma série de pesquisas sobre como as pessoas respondem ao sexismo.

A partir de suas próprias observações de mulheres no local de trabalho, elas acreditam que as mulheres são frequentemente avaliadas por um padrão diferente daquele dos homens: comportamentos que seriam vistos de forma positiva nos homens, como a competitividade, são vistos negativamente quando as mulheres os adotam.

As pesquisadoras queriam verificar se o comportamento de abelha rainha - negar que a discriminação de gênero seja um problema, por exemplo - pode ser uma resposta às dificuldades de um ambiente dominado pelos homens.

Identidade de gênero

Elas aplicaram um questionário para 63 profissionais seniores nos departamentos de polícia em três cidades holandesas.

Uma das primeiras perguntas versava sobre a importância de sua identidade de gênero no trabalho. Por exemplo, foi-lhes perguntado o quanto elas se identificavam com outras mulheres na força policial.

Metade das participantes foi orientada a escrever sobre um exemplo de uma situação em que elas entendiam que ser mulher era prejudicial para elas no trabalho, elas eram discriminadas, ou ouviram outras pessoas falando negativamente sobre as mulheres.

A outra metade foi orientada a escrever sobre uma situação em que seu sexo não representou problema e que elas foram avaliadas por suas habilidades pessoais.

Então as mulheres foram questionados sobre seu estilo de liderança, quão diferentes elas se sentiam de outras mulheres, e se sentiam que o preconceito de gênero era um problema no seu trabalho.

Comportamento de abelha rainha

As respostas dependeram da força da identidade de gênero de cada uma no trabalho, ou seja, da resposta àquela primeira pergunta.

Aquelas que começaram dizendo que se identificavam pouco com outras mulheres no trabalho responderam como uma autêntica abelha rainha - que possuíam um estilo masculino de liderança, que eram muito diferentes das outras mulheres e que o preconceito de gênero não era um problema.

Aquelas que se identificaram fortemente com seu gênero no trabalho tiveram a resposta oposta - que se preocupavam com o preconceito de gênero e que se sentiam motivadas a ajudar outras mulheres em suas carreiras.

Mulheres no topo

O fato de que apenas algumas mulheres adotam o comportamento de abelha rainha, e somente depois de terem sido induzidas a pensar sobre o preconceito de gênero, sugere que, para as organizações que querem mais mulheres no topo, simplesmente colocar as mulheres em posições mais altas e esperar que elas sirvam como mentoras de carreira para outras mulheres não vai funcionar.

"Se você simplesmente colocar mulheres em posições mais altas sem fazer nada sobre o preconceito de gênero na organização, estas mulheres serão forçadas a se distanciar do seu grupo," afirma Derks.

Elas poderão negar a existência do preconceito de gênero ou evitar ajudar as mulheres abaixo delas na hierarquia.

As pesquisadores concluem ponderando o que seria de se esperar de uma chefe que precisa analisar as oportunidades para todo o grupo: "Algumas mulheres vão escolher outras mulheres. Mas por que elas deveriam escolher dentre seu próprio grupo? Os homens não precisam fazer isso," diz Derks.


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