30 de nov. de 2010

“Viver é lembrar-se de esquecer. Perdoe o que deve ser perdoado. Esqueça o que deve ser esquecido. Abrace a vida com vigor renovado... Deveríamos poder acolher cada instante da vida com um olhar novo, como uma flor que acaba de se abrir.

(Mata Amritanandamayi)

Inspiração muda tudo!


"Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida:
amor no coração e sorriso nos lábios."

[Martin Luther King]


Temperatura: fator importante na prática de atividades físicas.


Nosso corpo está sempre buscando a homeostase, ou seja, o estado de equilíbrio. Quando há alguma alteração no metabolismo os sistemas apresentam propriedades especiais que devem ser mantidas para que funcionem adequadamente. Se a pressão sobe, deve baixar; se há muito sal, deve-se diminuí-lo; se o corpo esquenta, deve esfriar. Para todas essas e outras circunstâncias, o indivíduo tem mecanismos para reverter a função alterada para padrões adequados, considerados normais.

“Os seres humanos desenvolveram diversas formas de cultura que nos permitem viver nos diferentes ambientes existente no planeta: desde as florestas quentes e secas na África, onde surgiram nossos primeiros antepassados, até os desertos gelados do Ártico.

Nosso organismo responde a desafios térmicos do ambiente da mesma forma que os nossos antepassados que viviam na África há 150 mil anos.

Precisamos manter a temperatura interna do nosso corpo, especialmente a do cérebro relativamente constante. Para isto, contamos com mecanismos fisiológicos que nos permitem ajustar a temperatura do cérebro em torno de 37 graus Celsius: cinco graus acima podemos morrer de calor e, cinco graus abaixo, de frio.

O cérebro percebe de forma contínua quando o corpo está esquentando ou esfriando. No calor ocorre a dilatação dos vasos sanguíneos da pele, para aumentar a sua temperatura e a transferência de calor para o ambiente. Surge a produção de suor que, se evaporado, retira calor da pele, resfriando o sangue e, como consequência, o corpo. No frio inversamente, ocorre a redução do fluxo de sangue, para conservar o calor no interior do corpo.

A aclimatização ocorre tanto para o frio quanto para o calor, de forma independente e simultânea se necessário.

Uma vez que o controle da temperatura interna depende do metabolismo corporal e o exercício resulta num aumento do metabolismo, as atividades físicas profissionais, educativas e esportivas devem ser consideradas como parte do problema a ser enfrentado na adaptação dos seres humanos ao clima. O calor do exercício num ambiente frio pode ajudar a manter a temperatura interna constante enquanto o mesmo exercício pode produzir uma quantidade perigosa de calor, se o ambiente quente impedir a sua dissipação.

Diante disso, é necessária a disseminação do conhecimento científico relacionado com os efeitos do ambiente térmico sobre nossa vida. Para que possamos cuidar da aclimatação e da prevenção dos problemas causados pelo clima.” ( RODRIGUES, 2004)

27 de nov. de 2010

Leitura: uma possibilidade de conquista

É possível alcançar sonhos, desejos, vontades e objetivos de inúmeras maneiras: pelo maniqueísmo do caminho do bem, do mal, ou por intermédio da escolha correta. Mas o que seria a escolha certa? Seria a boa? A mais difícil? A mais lucrativa? Ou aquela que leva ao propósito almejado sem agredir a integridade do outro?

Procurar pela escolha certa é fato praticamente unânime, contudo se revela diferente para cada um. Muitos são os caminhos os quais temos oportunidade de trilhar. O complicado é ter certeza se a opção escolhida foi a exata. Como prever? Que meios podem ajudar?


A leitura demonstra ser um dos mais magníficos meios de transmitir experiências e entender acontecimentos. A leitura que deve ser realizada não é somente aquela leitura de livros, textos on-line, jornais e revistas, mas, também, aquela leitura que se pode fazer de um ambiente, de uma conversa, um outdoor, uma situação e até mesmo uma pessoa.

Com auxílio da leitura e conhecimento se conseguem diplomas, empregos, dinheiro, respostas à questionamentos, mudanças na vida e, sobretudo, adquirimos maiores possibilidades de discernir a escolha certa das demais.

Por meio da leitura, hoje, sabemos das conseqüências do uso de uma bomba atômica, da promoção de um apartheid, da busca para formar uma suposta raça pura e superior e outras catástrofes históricas. Sabemos também sobre as maravilhosas e úteis descobertas científicas, como foi o passado, como é prazeroso entrar em um conto de fadas, viver uma Alice, ser um Peter Pan, o quão frustrante é ter as incertezas de um Bentinho, o quão belo é saber que seres como Madre Tereza, Martin Luther King e Gandhi não são utopias.

A leitura nos conta as falhas e acertos da história da humanidade, nos previne de erros já cometidos e nos dá segurança nas experiências que já deram certo. A leitura leva ao mundo dos sonhos, nos capacita a entender o presente e possibilita ter fé em um futuro melhor, relativamente previsível, porém, ainda desconhecido.

Por Ana Cláudia S. Rocha

(Des) Igualdade



Égalité, será mesmo que tu existes? É difícil responder tal questionamento. Diante a Constituição Brasileira somos sim, todos iguais perante a lei, Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza - todavia, não se nota exata verossimilhança nessa afirmação.

(Leia Artigo 5º da Constituição Federal: http://www.culturabrasil.pro.br/artigo5.htm)

Grande parte das sociedades prega a igualdade dos povos, a liberdade religiosa, política e filosófica, além da inibição de atos de racismo ou de qualquer ação que maltrate a integridade do outro. Tal pregação é linda, perfeita, mas ainda utópica, em vista de que mal conseguimos aceitar completamente o perfil de nossos filhos, vizinhos, amigos de sala ou trabalho, quanto mais daqueles que nos são desconhecidos.

Além da problemática que cerca a concepção de igualdade há ainda outro ponto potencializador do enfrentamento: a intolerância.

A intolerância, em sua concepção histórica predominante relaciona-se com o dilema de convivência das crenças (religiosas, políticas), pois cada crença julga carregar consigo uma verdade e é bastante complicado resolver essa questão ideológica, uma vez que será inaceitável acreditar em duas crenças opostas. Em outra concepção intolerância faz referência a diversidade originada por disparidades físicas e sociais (celeuma da convivência harmoniosa com os ditos grupos minoritários – homossexuais, etnias, deficientes) que promove normalmente preconceito e discriminação devido, em geral, a uma questão de costume, autoridade e tradição.

Conviver com aquilo que nos é diferente nunca foi fácil, nem será, mas é possível. É uma questão de convivência. Cada ser abriga uma individualidade própria, com pensamentos, caráter, cultura, idéias, anseios e planos que são seus; tais características podem ser parecidas com os objetivos do outro, parecidas apenas, não idênticas.

A individualidade humana deve ser respeitada, do contrário, uma vasta onda de conflitos ocorre. Passamos por atrocidades e genocídios no passado – gregos, romanos, sumérios, nazismo, 1º e 2º Guerras Mundiais, hutus e tutsis – e continuamos a presenciá-las – Irã x Iraque x USA x Afeganistão e tantas outras.

O próprio Brasil, país de povo acolhedor e abençoado pelo Cristo Redentor é cenário de episódios de desigualdades, desrespeito e intolerância.

É preciso ressaltar que o Brasil mantém-se como um dos países com distribuição de renda mais desigual. Atualmente, o país, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) tem o terceiro pior índice de distribuição de renda. O acesso as universidades públicas é conquistado, geralmente, por estudantes advindos de boas escolas particulares, enquanto alunos de renda inferior estão fadados a estudarem nas escolas públicas, em que a grande maioria é de inferior qualidade educacional e raramente conquista o acesso ao ensino superior público.

O país canarinho é palco de situações em que uma estudante de direito, conhecedora das leis e da necessidade destas serem cumpridas, faz referências negativas aos nordestinos, gerando mal estar, polêmica e revolta. E outra universitária, via e-mail, discorre comentários maldosos que fazem referência a raça, fenótipo e modo de vestir de uma colega de classe.

Um episódio entristecedor ainda permanece na memória de algumas pessoas: o de quando um grupo de jovens de classe média alta, por brincadeira e intolerância, incendiou o índio pataxó Galdino de Jesus por julgarem que este era um mendigo.

Há uma urgente necessidade de mudar o cenário global no que tange a igualdade. Igualdade de tratamento, direitos, deveres, econômica e social.

Somos diferentes e semelhantes simultaneamente. Diferentes nas cores, raças, sexo, idade, popularidade, modo de ser e agir. Iguais no direito à liberdade, à igualdade, à escolha e ao respeito.

Cada ser enxerga o mundo com sua lente, aquilo que a princípio é estranho não deve ser combatido ou considerado anormal e feio, deve ser entendido e por mais que gere incômodo deve respeitado, tolerado.

A mitologia grega nos incitou a crer que para Narciso tudo aquilo que não refletia sua imagem era feio. Assim somos nós hoje: vaidosos, mesquinhos, perfeitos aos nossos olhos, e altamente críticos nos julgamentos alheios.

É necessário entender que somos únicos, todos nós. Igualmente merecemos respeito. Não importa se o outro é judeu, africano, nordestino, iraniano, norte-americano ou europeu. Somos todos gente, homens em busca de paz e felicidade. Não há princesa, plebeu, negro ou asiático, há seres humanos, iguais, em carne, ossos e direitos.

A igualdade se faz imprescindível desde muito, e agora mais do que nunca.

Por Ana Cláudia S. Rocha

26 de nov. de 2010

Palavras variáveis e invariável.


Esses são os quatro mais bem (ou até melhor) colocados do campeonato..."
Por que tem de ser assim e não "melhores"?

As regras gramaticais para as palavras invariáveis são cada vez mais ignoradas no uso cotidiano da língua.

Há na Língua Portuguesa dez classes de palavras (além de numerosas locuções e expressões) à nossa disposição para que possamos formar textos e externar nossos pensamentos. Ao compor as palavras em orações e frases, estamos praticando sintaxe. E, ao fazer a sintaxe na manipulação e movimentação das palavras (o conjunto das palavras é objeto da morfologia, eixo paradigmático) e na composição dos textos (sintaxe, eixo sintagmático), produzimos o terceiro elemento do tripé, a semântica, ou seja, geramos sentido. Isso é um esplendoroso milagre, mas tão natural quanto a respiração ou o suor que acabamos não valorizando o tanto que essa divina benesse merece.

Palavras variáveis


São dez classes de palavras à nossa disposição: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções e interjeições. Preposições e conjunções são conectores e não contraem, por si sós, nenhuma função sintática. A interjeição também não, porque ela representa apenas reações súbitas provocadas por admiração, susto, medo, desespero, esperança, ira, ódio etc. Então, para as funções sintáticas, restam sete classes de palavras. Modernamente, podemos imaginar dois feudos:

Nesse primeiro feudo, como se pode ver, o todo-poderoso é o substantivo. Para ele trabalham os quatro tipos de adjetivos (ou seja, o adjetivo propriamente dito, o artigo, o numeral e o pronome). E trabalham obedientemente, sem qualquer reivindicação ou rebeldia. Se o substantivo, seu senhor, estiver no masculino, todos vão para o masculino; se estiver no plural, todos vão para o plural, e assim sucessivamente. A esse fenômeno é que se dá o nome de concordância nominal.

Palavra invariável

Nesse feudo, cujo senhor é o verbo, que é a palavra que indica o que acontece, aparece a única palavra invariável que contrai função sintática, o advérbio, único e fiel súdito do verbo. Reforcemos essa ideia: o advérbio é palavra invariável, isto é, não tem gênero, número ou qualquer outra flexão.
Qual a diferença essencial entre os súditos do substantivo e o súdito do verbo? É simples. Aqueles são palavras variáveis, e o advérbio é palavra invariável.

o advérbio é a única palavra que espontaneamente trabalha nos dois feudos. No feudo do substantivo, o advérbio presta seus serviços ao adjetivo, acrescentando-lhe basicamente a circunstância de intensidade.
Qualquer palavra que atue sobre um adjetivo é obrigatoriamente um advérbio. Invariável, portanto.
há uma discussão centenária interminável entre bons gramáticos se antes de particípio se usa a forma sintética ( melhor, pior ) ou a analítica ( mais bem, mais mal ).
De qualquer forma, embora possamos usar as duas formas, os gramáticos e filósofos preferem e recomendam o uso da analítica.

Fonte:

http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/24/artigo178091-1.asp


25 de nov. de 2010

Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue


Olá pessoal.

De fato, no Brasil há dia para quase tudo.

Dia 25 de novembro é tido como Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, um dia em que em todo o país há uma mobilização maior em prol da doação de sangue.


A doação é um procedimento rápido e não tem qualquer risco para quem doa. “O homem pode doar a cada dois meses e a mulher, a cada três. Para ser doador existem alguns critérios básicos, como ter entre 18 e 65 anos de idade, estar saudável e ter peso acima de 50 kg”

Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.


O doador deve...
- trazer documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);
- estar bem de saúde;
- ter entre 18 e 65 anos;
- pesar mais de 50Kg;
- não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação.

Impedimentos temporários:
- Febre
- Gripe ou resfriado
- Gravidez
- Puerpério: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias
- Uso de alguns medicamentos
- Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis


Impedimentos definitivos:
- Hepatite após os 10 anos de idade
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas
- Uso de drogas ilícitas injetáveis
- Malária

Intervalos para doação :
- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)
- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)

Cuidados pós-doação:
- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas
- Aumentar a ingestão de líquidos
- Não fumar por cerca de 2 horas
- Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas
- Manter o curativo no local da punção por pelo menos de 4 horas
- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho.

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Pessoal, lembrando que sinceridade ao responder as perguntas do questionário que antecede a doação é importante para evitar a transmissão de doenças aos pacientes.


Existe um período conhecido por janela imunológica que corresponde ao espaço de tempo entre a contaminação da pessoa por um determinado agente infeccioso (HIV, hepatite...) e a sua detecção nos exames laboratoriais. No período da janela imunológica, os exames são negativos, mas mesmo assim o sangue doado é capaz de transmitir o agente infeccioso aos pacientes que o receberem.

Nunca doe sangue se você quiser apenas fazer um exame para AIDS!


Apesar de saber que algum desconforto poder ser causado pela punção da agulha e alguns doadores poderem sentir-se desconfortáveis a doação de sangue é uma atitude bacana, uma ação de profundo humanismo.


O intuito em divulgar essas informações aqui é chamar atenção para a necessidade de doação de sangue, quem puder e quiser, por favor compareça. Não precisa ser exatamente nessa semana, a qualquer tempo essa doação é muito válida, mas o quanto antes e mais doado houver, melhor, é claro. A doação é importantes para abastecer o estoque de sangue. Aproveitando a oportunidade é bacana também fazer parte do Cadastro de Doadores de Medula Óssea.


Fontes:

http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=119

http://45graus.com.br/hemopi-realiza-semana-do-doador-voluntario,geral,72918.html

http://gentesemsaude.blogspot.com/2007/11/dia-do-doador-de-sangue-porque-doar.html

Procure o Hemocentro de sua região e vista a camisa da doação!

Seja você um doador!

E para você que já é, meus sinceros parabéns, agora e sempre!

Por Ana Claudia S. Rocha

Sangue: "Fluido da Vida".

Como hoje é o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, vamos conhecer um pouco mais sobre esse símbolo tão importante.


O sangue sempre foi um poderoso símbolo. Os primeiros hominídeos provavelmente já associavam a perda de sangue à morte.
Antes que transfusões e hemogramas se tornassem procedimentos de rotina, as descobertas a respeito do sangue avançaram lentamente e as pesquisas sobre seu uso terapêutico foram que uma sucessão de tentativas e erros .
“ A função fisiológica do sangue começou a ser elucidada somente no século 17” Diz Dante Marcello Gallian. Até então, esse tecido conjuntivo em forma líquida, que transporta oxigênio, gás carbônico, nutrientes e toxinas, seguiu envolto em uma aura mística, que disfarçava a ignorância sobre suas verdadeiras atribuições. Somente no século 20 que a hematologia realmente progrediu.
Deuteronômio, um dos livros do Antigo Testamento diz: “ Somente esforça-te para que não comas o sangue, pois o sangue é a vida”.
No século 17, o médico britânico William Harvey decifrou o funcionamento do sistema circulatório e o papel do coração no bombeamento do sangue.

Saiba mais

LIVRO
Estudo Anatômico do Movimento do Coração

e do Sangue nos Animais, William Harvey,
Editora Unifesp, 2009.
O estudo de 1628 elucidou o funcionamento do

sistema circulatório.

Eslanny Alvarenga

Uma questão de profissão

     Estava pensando em um assunto bacana para postar, mas, infelizmente, minha cabeça hoje esta fraquinha de idéias. Fui etão ler algumas notícias pra ver se a idéia surgia e cheguei a notícias sobre o ENEM. Lamentável o que aconteceu esse ano. Fico indignada. Os mentores passam um ano inteiro programando fazer a dita cuja prova e os estudantes esperando ansiosos ( é um teste muito significativo para uma massa de estudantes, para mim inclusive foi importantíssima, me trouxe a um dos caminhos que hoje percorro), quando ela é aplicada uma decepção surge e hoje resulta em polêmica.
     Bem, mas a pauta é que devido ao tema da redação do ENEM acabei lembrando de um trabalho bem bacana que fiz junto com alguns colegas de curso algum tempo atrás. Daí resolvi extrair dele uma parte que particularmente acho interessante e discorre sobre a questão da profissão e os efeitos da sua conduta.

Espero que aproveitem a leitura!




Uma questão de profissão

A palavra profissão tem sua origem no latim professione¹ e atualmente agrega o significado de “trabalho que se prática com habilidade a serviço de terceiros” (SÁ, 2001, p.129), “atividade para a qual um indivíduo se preparou e que exerce ou não”, ou ainda “trabalho que uma pessoa faz para obter os recursos necessários à sua subsistência e à de seus dependentes; ocupação, ofício” (DICIONÁRIO HOUAISS, 2007).

         A profissão é de grande utilidade social, moral e individual, social por ser um dos meios de integração do indivíduo para com a sociedade, moral por estabelecer regras que são assumidas pelas pessoas como forma de manutenção da harmonia e do viver e individual por satisfazer algumas das necessidades básicas do homem, além de provar sua habilidade e personalidade.

        Todas as profissões possuem seu valor, o que muda é a sua área de atuação e a utilidade de dada profissão para cada indivíduo. É uma questão de ótica, aquela profissão que é muito prestigiada por uns pode não ser vista do mesmo modo por outro, o grau de valor varia conforme a necessidade de cada indivíduo em determinado instante ou situação.

A cada profissional cabe uma responsabilidade, tanto na dimensão de profissão quanto de indivíduo. Essa responsabilidade deve caminhar junto com a postura ética, a qual é construída ao longo do desenvolvimento, fundamentando-se na autonomia, coerência e consciência. Não basta apenas notificar uma informação necessária ao seu cliente ou lhe prestar o serviço de se agrado, mas sim desejar a prosperidade e sucesso de seu empreendimento junto à clientela.

O profissional ético deve ter como princípio o respeito ao próximo, esse é um dos alicerces fundamentais para que possa ser beneficiado com promoções, status, sucesso, retribuição da sociedade e bem-estar com sua consciência.


Pontuando a especialização
Desde muito há a discussão acerca da especialização, se ela marginaliza ou promove desenvolvimento. O fordismo mostra-se como uma das evidências do avanço que foi o processo de especialização, porém deve-se atentar ao fato de que qualquer tarefa se realiza em diversos âmbitos, que o geral ajuda a compreender o especializado com uma maior intensidade e o especializado ajudar a entender o geral com maior fidedignidade.

A frase de Antônio Lopes de Sá (2001, p.140) “não há cultura inútil, mas sim os que não sabem reconhecer a utilidade da cultura” reconhece a importância das relações interdisciplinares e multiculturais, nos levando a refletir a grandiosidade de cada sociedade e a importância do papel de cada indivíduo dentro do âmbito global.

Cada profissional, assim como cada indivíduo depende do outro, ninguém consegue alcançar os seus objetivos sozinhos ou ilesos de interferências externas como serviços de bancos, saúde, educação e outros, afinal vive-se em sociedades que são cada vez mais globais e com grande relação de interdependência. O profissional precisa reconhecer isto e atentar-se a necessidade de acompanhar o ritmo e interligação da expansão cultural para assim promover a melhoria de seus serviços em termos de utilidade e qualidade.


Texto acima baseia-se na seguinte bibliografia:
SÁ, Antônio Lopes. Ética profissional. São Paulo: Ed. Atlas, 2001.
Ética. Disponível em <http: // www.bioetica.ufrgs.br/pesqger.ppt> . Acessado em 27/05/2009.
Ética profissional. Disponível em <http://www.abrasca.org.br/eventos/8premio/ Apresentacao_Dr_Lelio.ppt>. Acessado em 27/05/2009.
Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Versão 2.0a . Abril de 2007. Instituto Antônio Houaiss. Editora Objetiva.


Por Ana Claudia S. Rocha

Geografia da solidão


  
Solidão na Multidão

     O estudo “Sexo, Casamento e Economia”, da Fundação Getúlio Vargas, analisou a relação entre casamento e economia separando padrões de mulheres e homens. A pesquisa partiu da premissa que, entre as principais variáveis demográficas, como fecundidade e mortalidade, o casamento é a que apresenta maior relação com as flutuações econômicas, pois é a mais dependente da escolha e menos da fisiologia. A questão perseguida é como variáveis econômicas afetam o fato de uma pessoa estar acompanhada ou sozinha, no sentido conjugal.
   Segundo a pesquisa, para as mulheres, Rio de Janeiro e Brasília são as capitais da solidão. Os dois centros também apresentam um nível de renda e educação relativamente alto frente ao resto do país. Na comparação do topo do ranking, as capitais apresentam níveis maiores de solidão do que o dos estados: nas capitais, 45,4% das mulheres estão sozinhas contra 25,6% das mulheres adultas da área rural. Os dados são sinais da influência de dois determinantes fundamentais da solidão conjugal: metropolização e renda.
   Brasília tem 44,32% de sua população feminina vivendo sozinha. No Rio, o número sobe para 47,39%. Na capital fluminense, o bairro Copacabana é a região analisada que apresenta maior porcentagem de mulheres sozinhas (64%). Outra cidade com índice similar de mulheres sozinhas é São Paulo, com 44,19%. A solidão conjugal é mais presente entre mulheres com melhor situação sócio-econômica. Mulheres sozinhas ganham em média 62% a mais que as acompanhadas.
   De modo geral, os comportamentos conjugais são bastante distintos entre homens e mulheres: elas atingem maiores taxas de solidão em idades mais avançadas, enquanto ele são mais sozinhos na juventude. A partir dos 35 anos de idade, a diferença entre as taxas de solidão de mulheres e homens cresce – cerca de 1 ponto percentual a cada ano até a terceira idade. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a taxa de solidão entre as mulheres chega a 2,6 vezes a dos homens.

Eslanny Alvarenga

24 de nov. de 2010

Leitura e prazer

   Como  algumas horas na biblioteca  podem  fazer a diferença na vida dos alunos.
Resumo de artigo de Galeno Amorim
   Passar uma hora inteira, ao menos uma vez por semana, dentro de uma biblioteca folheando e lendo livros, ou simplesmente de papo pro ar, é tão fundamental para o desenvolvimento dos alunos que deveria fazer parte da grade curricular das escolas. A ideia, que ainda arrepia muita gente, ganha, no entanto, cada vez mais adeptos. E também o apoio, dentro e fora dos estabelecimentos de ensino, de especialistas e de gente importante do mundo dos livros e da educação, mas também de pais, gestores e de projetos e, naturalmente, educadores.
   Mas a verdade é que não é tão simples assim. A inclusão de pelo menos uma hora semanal na grade das escolas do Ensino Médio e Fundamental consta até da Lei do Livro, assinada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2003. Mas, em função em torno do assunto, até hoje a legislação não foi regulamentada. [...]
   Aprender a ler e gostar de ler livros – ou, no mínimo, tornar essa prática um hábito permanente – continua passando ao largo de uma boa parte das nossas escolas.
   Isso talvez ajude a compreender o atual comportamento da população brasileira, que, com o passar dos anos, simplesmente foge dos livros.
   Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, os maiores índices de leitura estão justamente entre crianças e jovens em idade escola. Chegam a ser três ou quatro vezes maiores do que na fase adulta, assim como a frequência às bibliotecas, que despenca, até praticamente inexistir, acima dos 30 anos. Este é o caso de nove entre cada dez brasileiros, que deixam de ir a alguma delas. [...]
   Os livros já foram, um dia, objeto sagrado cujo acesso era permitido a poucos. Mais tarde, passou a ser tratado como fonte de prazer e lazer de qualidade. Sem perder uma e outra condição, a verdade é que a leitura também é um meio eficaz para o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo e para ampliar sua visão de mundo e suas possibilidades de intervenção no lugar em que vive. Mas também para melhorar seu emprego e renda.[...]
os livros fazem toda a diferença!


Eslanny Alvarenga


Resumo da Evolução das Políticas de Saúde.


    Inicialmente o Brasil era apenas uma colônia de exploração, com a fuga da família real para o Brasil (1808) o governo impôs normas sanitárias para os portos, na tentativa de impedir a entrada de doenças contagiosas [integridade da saúde da realeza].

1903 -> Presidente Rodrigues Alves cria o Departamento Federal de Saúde Pública, nomeando Oswaldo Cruz como diretor.
Durante a direção de Oswaldo Cruz as intervenções tiveram característica militarista:
       · Erradicar a febre amarela [epidemia no país];
       · Obrigatoriedade da vacina contra varíola em 1904.

1920 -> Carlos Chagas assume a direção do Departamento Federal de Saúde Pública, somando programas educacionais à intervenção campanhistas, além de ampliar os institutos de pesquisas especializadas.
1923 -> Lei Elói Chaves: Regulou a criação de Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs), geridos e mantidos por trabalhadores e empresas. Não definiu o Estado como sujeito ativo do seguro social.
1930 - > IAPS: Participação efetiva do Estado. Garantiam aposentadorias, o direito à assistência médica e farmacêutica, mas não atendia a população Rural.                           
1967 -> Com o Decreto lei n.200, foram extintos os IAPs e foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Por meio do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) passou a atender os trabalhadores do campo.
Posteriormente foi criado pelo regime militar em 1974 o INAMPS pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) que beneficiava os trabalhadores com registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social ( CTPS) e seus dependentes.
1950 / 1960 -> Crescimento da região Sul e Sudeste, houve necessidade de maiores recursos para garantir assistência à essas populações.
O desenvolvimento levou o INAMPS à uma crise.
1978 -> OMS realizou a Conferência de Alta – Ata que consagrou os princípios da atenção primária.
1980 -> O INAMPS deixou de exigir carteira de trabalho no atendimento dos hospitais. Chegando mais próximo à uma cobertura universal.
Convênios de INAMPS e os Governos Estaduais = SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde).
O SUDS representou a descentralização. Nos municípios isso não ocorreu em virtude da retenção de poder por parte do governo Estadual.
1987 - > Movimento pela Reforma Sanitária conseguiu intervir nas resoluções da Assembleia Nacional Constituinte inscrevendo um capítulo na Constituição de 1988.
1988 -> SUS possibilitou a ampliação do olhar para a coletividade, e com isso, também mudou o olhar e as ações para práticas e os serviços.
SAÚDE COM DESTAQUE CONSTITUCIONAL: 1988.
O SUS GARANTE AOS CIDADÃOS O DIREITO À CONSULTAS, EXAMES, INTERNAÇÕES E TRATAMENTOS NAS UNIDADES DE SAÚDE VINCULADASS, SEJAM ELAS PÚBLICAS E PRIVADAS, CONTRATADAS PELO GESTOR PÚBLICO. DE SAÚDE.
Art. 196 A saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A regulamentação do SUS só foi estabelecida no final de 1990 com a Lei Orgânica da Saúde (LOS) 8080 e a lei 8142 nas quais se destacaram os princípios organizativos e operacionais do sistema, dispondo sobre a participação da comunidade na gestão do SUS.
Eslanny Alvarenga

Entendendo SUS ( Sistema Único de Saúde ) e PSF ( Programa Saúde da Família )

Nota: O cidadão precisa conhecer seus
direitos e   assim   cobrá-los   de   forma
correta e efetiva.

    O Sistema Único de Saúde representou um marco na história do Brasil, sendo implantado a partir da década de 90, o SUS fundamentou-se em três princípios básicos: universalização do acesso, descentralização e participação popular. Com essas mudanças os investimentos públicos passaram a se concentrar na atenção básica, com a adoção do Programa da Saúde da Família. Com o objetivo de atender o indivíduo e família de forma contínua e integral surge o ESF (Estratégia Saúde da Família). Cabendo aos profissionais desenvolver ações de promoção, proteção e recuperação da saúde. O objetivo principal do ESF consiste em reorganizar a prática assistencial com foco na família e seu ambiente físico e social.
    Antigamente o atendimento domiciliar era empregado por médicos com a finalidade de atender seus clientes abastados em casa, proporcionando um cuidado com qualidade e humanização. Aos menos favorecidos cabia a filantropia, o curandeirismo e a medicina caseira.
    Com a vinda dos imigrantes trazendo sua força de trabalho e uma enorme quantidade de novas doenças fez-se necessário medidas de saúde pública na primeira república, com o objetivo de conter as epidemias e garantir mão de obra. O governo instituiu a obrigatoriedade das vacinas, visitas domiciliares realizadas pelos agentes sanitários para detecção de focos de doenças, com a perspectiva de vigilância através de punição e denúncia.
    Com a criação do Ministério do Trabalho por Getúlio Vargas no golpe de 1930, implementa-se ações de atenção primária à saúde, com sensíveis avanços na área. São criados os Institutos de Aposentadoria e Pensão – IAP’s e o sanitarismo campanhista atinge seu auge.
    Após a deposição de Getulio, surge um modelo governo mais liberal. Os IAP’s constroem e equipam seus próprios hospitais, a atenção primária é esquecida e se investe no modelo hospitalocêntrico. Contexto criado na época de JK, ganha força e atravessa todo o período militar, deixando a população em crise por falta de assistência à saúde.
    No final da década de 60 e início da década de 80, ganhou força um movimento sanitarista, impulsionado pela Conferência de Alma-Ata, onde reconheceram a importância da atenção primária e a participação da comunidade. A partir de então foi aprovada a criação do SUS pela Constituição Federal de 1988. Com a implantação do SUS, o setor de saúde passou a privilegiar as ações de saúde coletiva, apostando na promoção desta, através do PSF. Há um retorno de médico de família, desta vez podendo lançar mão da visita domiciliar como ferramenta de assistência à população menos favorecida.
    A Organização Mundial da Saúde define Assistência Domiciliar como “ A previsão de serviços de saúde por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna. Serviços de assistência domiciliar podem ser classificados nas categorias de preventivos, terapêuticos, reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e cuidados paliativos.
    O ESF foi proposta pelo Ministério da Saúde em 1994 com a finalidade de reorganizar a prática à atenção básica.
    A ESF propõe a atuação de uma equipe multidisciplinar que proporciona o desenvolvimento de práticas de cuidado mais complexas.
    A equipe de saúde da família deve ser composta por: médico generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde. Recomenda-se que cada equipe fique responsável por entre 600 e 1000 famílias ( 2400 à 4500 habitantes ).
    As equipes devem conhecer a família do seu território de abrangência, identificar os problemas de saúde e as situações de risco existentes. Deve desenvolver ações educativas que visem relacionar o problema de saúde identificado e prestar assistência integral às famílias sob sua responsabilidade no âmbito de atenção básica.
   O Programa de Saúde da Família como porta de entrada no sistema de saúde é um atributo fundamental da atenção primária ou seja o primeiro contato/porta de entrada. O primeiro requisito é que as unidades de saúde da família sejam acessíveis à população. Não há barreiras financeiras para o acesso ao SUS, que é financiado por recursos fiscais de acesso universal, sem taxas de co-pagamento.
   Um atributo importante da constituição da atenção primária é a exigência de encaminhamento pelo profissional de atenção primária para acesso aos serviços especializados.
   A integração das unidades de saúde da família à rede assistencial é fundamental para garantir uma oferta abrangente de serviços e para coordenar as diversas ações requeridas para resolver as necessidades menos freqüentes e mais complexas.
   A conversão do modelo de atenção básica à saúde operacionaliza-se por meio da organização do trabalho em equipe.
   As principais responsabilidades da atenção básica no Brasil estão reunidas em sete grupos de ações: saúde da criança, saúde da mulher, controle da hipertensão, controle do diabetes, controle da tuberculose, eliminação da hanseníase e saúde bucal.
   Após uma década do início da implantação do PSF no Brasil, observa-se um processo ainda em curso de mudança, apesar de relevar avanços sua expansão nos grandes centros urbanos enfrenta uma série de obstáculos como a densidade demográfica.
   A maioria das unidades de saúde da família não possui equipamentos de informática e telefonia, permanecendo como grande desafio do PSF a melhora da comunicação entre profissionais da atenção básica e especialistas e serviços de pronto-atendimento e emergência.
   A implementação da estratégia de saúde da família em grandes centros urbanos difunde uma nova perspectiva para a atenção primária no Brasil, voltada para a família e a comunidade. Os resultados positivos mostrados sugerem que o sucesso da implementação da estratégia para a grande maioria da população brasileira, afora os incentivos federais, dependerá de estratégias criativas locais para enfrentar a diversidade de nosso país.
   A visita domiciliar proporciona ao profissional adentrar o espaço familiar permitindo a identificação de problemas e potencialidades para desenvolvê-lo. A visita domiciliar ( VD ) possibilita o conhecimento das condições de vida da família através da cultura, crenças e costumes analisadas pelo cotidiano, possibilitando uma abordagem ampla das condições de vida do usuário, perfil epidemiológico, facilitando o planejamento e direcionamento das ações para promoção da saúde e fortalecimento familiar.
   A VD pode ser de duas formas: 1) Visita domiciliar Fim com atuação na atenção domiciliar terapêutica e visita a pacientes acamados. 2) Visita domiciliar Meio que busca de forma ativa pela demanda reprimida e prevenção da saúde. Estas duas abordagens designam um processo dinâmico, possibilitando sua implementação na população alvo despertando interesse por questões de saúde, orientações relacionadas às formas de organização do serviço, resolução de problemas e temas gerais de saúde.
  O domicilio é considerado espaço especial de desenvolvimento das ações de promoção da saúde de prevenção das doenças.

Eslanny Alvarenga
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